Amazônia: Trabalho escravo + dinâmicas correlatas (2ª edição atualizada)

Em 2021, estima-se que 474,8 milhões de árvores foram cortadas na Amazônia. Isso representa uma média de 1,5 milhão de árvores derrubadas por dia; mais de 63 mil por hora; mais de 1.059 por minuto; e 17 por segundo*. Boa parte dessa devastação ocorre para dar espaço a áreas de criação extensiva de gado. A pecuária, uma das atividades econômicas que mais afetam a floresta, é também a principal responsável por casos de trabalho escravo encontrados no país.

Na edição atualizada do fascículo Amazônia: trabalho escravo + dinâmicas correlatas, publicado pelo Escravo, nem pensar!, o tema é a ocupação da Amazônia nos últimos 50 anos, com foco nos setores que mais devastam o bioma – entre eles grandes empreendimentos de agropecuária, mineração e hidroeletricidade.

A publicação mostra como a utilização de trabalhadores submetidos a condições degradantes de trabalho é central para o entendimento da dinâmica de devastação. Desde 1995, mais de 27 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à escravidão na região, em atividades como limpeza de pastos, abertura de fazendas e produção de carvão vegetal para siderúrgicas. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, sistematizados pela Repórter Brasil e a Comissão Pastoral da Terra.

O fascículo foi produzido pela Repórter Brasil e conta com apoio da Laudes Foundation. 

* Fonte: Estimativa feita pela plataforma digital PlenaMata (2021), com base nos dados divulgados pelo Inpe.

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